sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A mentira da falta de Vitamina D


A vitamina D é produzida a partir do colesterol na pele, onde fica armazenada na forma inativa. Os raios solares que atingem a pele ativam a vitamina D, que vai agir principalmente no metabolismo dos ossos, tornando-os fortes. Em países cujo inverno é longo e muito escuro, a deficiência de vitamina D é observada e precisa ser combatida pela ingestão da vitamina. No Brasil, pelo contrário, a incidência de raios solares é muito alta e os casos de VERDADEIRA deficiência de vitamina D são muito raros, sendo observados em pessoas que vivem confinadas, com muito pouca exposição ao sol. Existe o mito de que o uso de protetores solares pode impedir a formação da vitamina D na pele, mas isto já foi desmentido por diversos estudos.
De alguns anos para cá, todas as pessoas que fazem exame para dosar a vitamina D descobrem que estão com “falta de vitamina D”. Independente de idade, todos estão com deficiência e precisam tomar essa vitamina para repor. Esquisito isso, não é? Pois bem, diante dessa onda, o Instituto de Medicina nos Estados Unidos fez uma pesquisa e constatou o abuso da indústria farmacêutica aliado à mídia. Segundo esse estudo, os índices considerados normais para a vitamina D e o cálcio estão muito acima do que o nosso organismo realmente precisa. E mais, há um risco de sobrecarregar os rins com o excesso de vitamina D e cálcio ingeridos, o que poderia levar à produção de cálculos renais ou até mesmo insuficiência renal crônica, com consequente necessidade de submeter-se a hemodiálises frequentes. este consumo excessivo também poderia causar alterações crônicas no coração.
Não se iluda, somente a indústria farmacêutica, ávida como sempre para descobrir novas formas de tirar seu dinheiro, se beneficia com essa nova moda. Quer vitamina D? Vá passear na rua.
Para saber mais sobre o assunto:

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Acupuntura reduz em 12,5% o uso de anti-inflamatórios por pacientes de Campinas


Nos idos de 2005, Campinas nem imaginava que viria se transformar num exemplo de como a acupuntura pode promover o bem estar dos cidadãos. Sua rede de saúde possuía 30 médicos acupuntores, sendo que 19 atuavam em outras especialidades e 11 eram muito mal aproveitados.
A história começou a mudar, em outubro daquele ano, quando a AMBA (Associação Médica Brasileira de Acupuntura) deu início a uma relevante ação de valorização da especialidade. Em conjunto com a Coordenadoria de Saúde Integrativa, promoveu um curso formação na Yamamoto New Scalp Acupuncture (YNSA). Criado em meados de 1970 pelo dr. Toshikatsu Yamamoto, a técnica é uma modalidade de acupuntura em que as regiões de aplicação ficam na cabeça. Atua no combate à dor, seqüelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outros benefícios.
Na oportunidade, 60 médicos foram capacitados e puderam participar do Simpósio Internacional Brasil/Japão, na cidade de São Paulo, com a presença do dr. Toshikatsu Yamamoto. Logo em seguida, no início de 2006, Campinas criou os primeiros ambulatórios para tratamento de dor e outras patologias baseado na técnica.
Ótimos resultados em dez meses
A utilização de medicamentos para a redução dos quadros dolorosos de qualquer natureza sempre foi motivo de preocupações, devido aos efeitos colaterais, como gastrites, lesões hepáticas e renais a longo prazo. Só para ter uma idéia, em Campinas, em 2003, o consumo mensal foi de 534.336 comprimidos de diclofenaco de sódio. Em 2004 houve a média mensal de 601.856, e em 2005 de 644.366.
Em 2006 esperava-se que o consumo mensal atingisse a faixa de 700.000 comprimidos de antiinflamatórios. Porém, a média mensal de utilização está em 570.000 comprimidos, demonstrando a redução de 74.336 comprimidos (12,5 por cento em relação ao ano passado), tendo como a única variável neste universo, a técnica de YNSA.
De acordo com o coordenador de Saúde Integrativa, dr. Willian Hyppólito Ferreira, o sucesso e os bons resultados do projeto devem-se à iniciativa levada adiante em conjunto com a AMBA, que ministrou diversas aulas para os médicos de Campinas. E também à dedicação dos que estão realizando a técnica nas Unidades Básicas de Saúde e outros locais, diminuindo a dor dos pacientes, enquanto realizam as hipóteses diagnósticas necessárias, e os respectivos tratamentos de cada patologia.
Hoje, 95 médicos da cidade já se utilizam desta técnica para o alívio da dor em seus pacientes, correspondendo a 10% por cento de médicos da rede municipal de saúde local. O melhor de tudo é que a experiência vitoriosa já começou a ser levada a outras regiões:
"Realizamos recentemente um curso idêntico em Piracicaba e a idéia é repeti-lo em regiões de São Paulo e também de outros estados. Precisamos abrir novos espaços para a acupuntura, isso é fundamental para a valorização do médico acupuntor, e proporciona melhor qualidade de vida à população e ainda com redução do custo de saúde", comenta Ruy Tanigawa, presidente da AMBA.